Melanoma

 

MelanomaO câncer de pele melanoma é o menos comum, porém mais perigoso. Representa menos de 5% dos casos de câncer de pele, entretanto provoca a maior parte dos óbitos. Anualmente, são previstos 8.450 casos e mais de 1.800 óbitos provocados pela doença no Brasil, segundo o INCA.

A origem do melanoma são os melanócitos, as células produtoras da melanina, pigmento que determina a cor da pele. O tumor surge principalmente em adultos de pele clara e está relacionado à exposição solar e à predisposição genética.

Diferentemente do CBC e do CEC, o melanoma é um tumor agressivo, com grande facilidade para formar metástases e se espalhar para outros órgãos do corpo, especialmente cérebro, fígado e pulmões. Entretanto, felizmente tem mais de 90% de possibilidade de cura quando descoberto e tratado precocemente.

Tipos principais

O melanoma se divide em quatro subtipos principais:

Melanoma extensivo superficial

Subtipo mais comum, pode surgir em homens e mulheres. Normalmente atinge camadas mais superficiais da pele e cresce mais lentamente. Em geral tem a aparência de pintas assimétricas, que misturam diferentes cores.

Melanoma lentiginoso acral

Não diretamente relacionado à exposição solar, é comum em afrodescendentes e asiáticos, surge nas unhas, nas palmas das mãos ou plantas dos pés. Pode ter a aparência similar a uma pinta ou um machucado, o que pode contribuir para atrasar o diagnóstico.

Lentigo Maligno

Melanoma superficial não invasivo, de crescimento lento, mais comum após os 60 anos. Surge principalmente em áreas fotoexpostas, com destaque para o rosto, a cabeça e o pescoço.

Melanoma Nodular

Subtipo mais agressivo. Mais comum em homens. Em geral tem a forma de uma lesão alta e delimitada. Pode ter ulcerações e sangrar.

Fatores de risco

  • Histórico pessoal ou familiar de melanoma
  • Histórico de exposição excessiva ao sol
  • Uso de câmaras de bronzeamento (aumento de mais de 70% no risco)
  • Histórico pessoal ou familiar de outros tipos de câncer de pele
  • Ter mais de 50 pintas espalhadas pelo corpo
  • Histórico de síndromes genéticas
  • Doença de Parkinson

Sinais de alerta

  • Pintas ou sinais com bordas irregulares
  • Pintas ou sinais assimétricos assimétricas
  • Pintas ou sinais com diferentes cores
  • Pintas ou sinais com diâmetro superior a 5 mm
  • Feridas que não cicatrizam em mais de um mês
  • Pintas que sangram, coçam, mudam de cor, formato, espessura ou tamanho

É fundamental fazer regularmente um autoexame na pele, sem esquecer nenhuma parte. Vale a pena pedir ajuda a alguém para visualizar as áreas difíceis de observar sozinho, como as costas ou o couro cabeludo. Caso encontre qualquer anormalidade, procure orientação de um médico dermatologista imediatamente.

Quanto mais cedo o melanoma for descoberto, maior a possibilidade de sucesso do tratamento e maiores as chances de tratar a doença apenas com cirurgia. Melanomas diagnosticados e tratados em estágios iniciais têm mais de 90% de chance de cura. Tumores avançados ou metastáticos têm menor potencial de cura e exigem terapêuticas mais caras e complexas. No entanto, as opções de tratamento para a doença avançada tiveram uma evolução considerável na última década, com o surgimento de novas e promissoras alternativas.