A acne é um problema comum a partir da adolescência e que pode continuar na vida adulta. Em alguns casos mais graves pode deixar cicatrizes, às vezes bastante profundas. O tratamento cirúrgico das cicatrizes de acne é uma opção interessante para se livrar dessas marcas.
As cicatrizes são causadas por diversos motivos, como a manipulação das lesões. Muitas pessoas espremem cravos e espinhas, o que acaba aumentando a inflamação e até favorecendo a proliferação de bactérias.
Outro fator que influencia a formação de cicatrizes é a intensidade da acne. A acne de grau I tem presença apenas de cravos, também chamados de comedões. No caso do grau II, apresenta comedões, pápulas e pústulas. No grau III, somam-se cistos. No grau IV, as lesões são maiores e podem ser interconectadas. Se o paciente tiver entre os graus 3 e 4, é bem provável que a acne deixe cicatrizes.
Na forma de marcas na pele, manchas e depressões, as cicatrizes de acne podem ser atróficas (na forma de depressões na pele) ou hipertróficas (com pele mais enrijecida e protuberante). Vale lembrar que atualmente existem tratamentos cirúrgicos, que podem ser usados de forma isolada ou combinados entre si. A quantidade de sessões necessárias depende das cicatrizes e da resposta fisiológica do corpo do paciente.
Veja os tipos de tratamento cirúrgico das cicatrizes de acne e o que eles podem fazer para recuperar a pele e melhorar seu aspecto.
Peelings médios com aparelhos
Técnica bastante usada para tratar cicatrizes atróficas mais suaves, usa aparelhos como laser, luz pulsada intensa e radiofrequência para promover a dermoabrasão, novo processo cicatricial controlado, que leva à estimulação de colágeno e remodelamento das cicatrizes Além disso, estimulam a formação de colágeno na pele.
Trata-se de um “lixamento” da pele para correção de alterações da sua superfície, como cicatrizes ou asperezas. O procedimento é feito manualmente ou com o uso de aparelhos dermoabrasores – pequenas lixadeiras de alta rotação. A dermoabrasão demanda anestesia e pode ser realizada no consultório ou em ambiente hospitalar.
IPCA (Indução Percutânea de Colágeno)
O microagulhamento, sozinho ou associado a estimuladores de colágeno, tem sido bastante usado como tratamento cirúrgico das cicatrizes de acne. Consiste consiste na indução de microfuros na pele, com agulhas finas, em sistemas manuais de rolamento ou automatizados, em aparelhos associados ou não a radiofrequência, com pressão variável. Os furinhos estimulam a produção de colágeno e a regeneração celular. Pode ser feito em consultório com anestésico em creme ou injetável.
Subcisão
Quando as cicatrizes em forma de depressão na pele são resultado de fibras que ficam aderidas às camadas mais profundas da pele, a subcisão é uma boa opção de tratamento. Com uma agulha, o dermatologista “descola” estas fibras, elevando a pele e melhorando o aspecto da cicatriz. É uma técnica que exige anestesia local.
A radiofrequência de alta potência promove um aquecimento simultâneo nas regiões superficiais (derme) e profundas (hipoderme). Isso promove reações metabólicas e estruturais como a contração das fibras de colágeno e a retração da pele, a formação de novas fibras de colágeno e o aumento da circulação sanguínea e linfática. É um tratamento que pode ser usado em peles mais pigmentadas e não altera a rotina do paciente.
O preenchimento cutâneo é usado para cicatrizes de acne, mas também para sulcos, olheiras e rugas e pode envolver ou não aplicação de anestesia. É aplicada uma injeção com substâncias dérmicas por baixo da pele, na região a ser tratada. As substâncias suspendem a superfície da pele e reduzem o relevo. Os preenchimentos costumam ser á base de géis de ácido hialurônico.
Excisão e sutura simples
Pode ser indicado o tratamento cirúrgico de cicatrizes extensas, geralmente do tipo hipertróficas. Com anestesia e bisturi, o dermatologista trabalha para dar um resultado estético melhor a pele, de forma que a cicatriz da cirurgia seja menor e menos imperceptível que a da acne.